Ser quem é

Eu gostaria de entender a tara de fingir ser quem não é – e pior – muitas vezes apenas FISICAMENTE.

Até entendo a influência do ego em se dizer maior que é. Em aumentar historias e aventuras, em se dizer professor de yoga com apenas 1 mes de curso na Índia, em ser coach de crescimento pessoal aos 30 anos de idade, vender curso de espiritualidade na internet a beira do colapso mental e coisas assim… entendo que às vezes o ego nos prega peças e precisamos enganar até a nós mesmos pra nos validar.

Agora por favor, alguém me explica esses novos aplicativos que mudam completamente a sua imagem em fotos. Qual a grande vantagem em fingir ser o que não é?

As pessoas parecem não entender que isso não muda nada, porque rede social não é nossa vida real – somente virtual. Só mostramos aquilo que queremos e portanto pode-se dizer, inclusive, que é uma grande ilusão. Qualquer interação REAL que você tiver vai ser cara a cara, com sua beleza e seus defeitos em sua inteireza. Qualquer coisa que te traga felicidade GENUÍNA, que te traga vivência e ensinamentos acontecerá na sua vida real, na pele, no osso e na carne.

Vamos combinar de ser mais reais? Menos professores e mais alunos? Menos instagram e mais vivências? De gritar quando der vontade, de abraçar as nossas sombras e de nos despir da espiritualidade que não nos convém. De sentir e agradecer, mas também de ser? 

Escutar mais que falar, aprender mais que ensinar, viver mais que mostrar.

Acredito que a felicidade se encontra nas coisas reais, nas coisas pequenas e banais do dia a dia e pretendo vive-las com a intensidade da simplicidade. 

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