Sem pressa. Com sede.

Não tenho pressa, tenho sede.

Não me interessa viajar pra preencher uma lista de lugares, pra tirar uma foto ou pra falar que fui. Não tenho vontade de ficar 3 dias em cada lugar conhecendo os principais pontos turísticos e mudando pro próximo. Alias, depois de 2 anos e meio de mochila e 8 anos de viagem, acho até que é impossivel viver assim. Eu mesma fico de luto umas 5h antes de cada vez que sei que vou ter que carregar minha mochila por mudar de lugar…

Eu entendo a pressa, mas não a tenho. Não, sou inimiga da pressa – apesar de ser fogo, rapida e odiar gente lenta (desculpa) – no quesito viagem eu sou bem relaxada.
Não tenho planos, roteiro ou programação. Até tenho lugares salvos no googlemaps por indicação de pessoas que conheci por aí, as vezes no trem, no tuktuk, na rua, em cafés… muitas delas eu não lembro ou nunca nem perguntei o nome. Mas a estrada me ensinou a levar a sério essas dicas.

Sim, eu também quero conhecer muitos lugares. Todos os países do mundo também me parece um plano incrível. Mas se pra isso eu precisar abrir mão de viver a vida com calma, de entender e interagir com os locais, de sentir parte do todo… então eu prefiro seguir assim. Sem pressa. Com sede.

Eu me permito mudar de ideia, odiar o lugar que pensei amar e amar aquele que acreditei não ser nada demais. Me permito um dia mais, ou dois, tres…
Me permito perder o controle. Confio que vou atrair exatamente aquilo que preciso, por vibrar nessa frequência. Me permito estar 100% presente, me permito sentir a solitude, chorar, dormir em posição fetal, porque faz parte. Me permito acordar como se nada tivesse acontecido, sorrir pro mundo e agradecer por estar onde deveria.

Não tenho pressa, mas tenho sede. Não de países, não de lugares, mas de VIDA!

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