Maha Shivaratri

15:48 de algum dia de fevereiro

Pássaros cantando, o pé descalço… dessa vez não por conforto, senão por respeito a esse lago sagrado do qual ninguém se aproxima com sapatos.
uma volta inteira ao redor das águas pra limpar o karma, diz o costume…

Uma volta. Duas voltas.

O som de mantra de um lado, um Baba que está de pé há anos do outro. Jamais se senta, nem pra dormir. E entre os dois, os ganços e as pombas que jazem felizes nesse lugar onde a vida do animal importa algo.

Me passam o chillum. Boom. O hash, também sagrado e consagrado nesse lugar do mundo onde os valores às vezes parecem tão corretos.

Onde os homens cedem lugar às vacas e jamais as desrespeitam. Onde o tempo é relativo e o oi é Namaste. Onde o barulho e a calmaria se encontram e andam juntos, em vez de separados.

Uns dias atrás foi um dia especial. Maha Shivaratri, dia de Shiva, onde os hindús fazem jejum e meditam toda a noite. Ao menos é o que dizem… o que eu vi foi uma grande celebração. Uma manifestação de amor a religião regada a muito bang – um tipo de pasta cannabica que se mistura a bebidas.

E mais uma vez eu constatei que estou onde tenho que estar. Mas eu sempre soube disso. Minhas escolhas de destino nunca são conscientes e o que me guia vem de algum lugar mais profundo.

Não importa a pergunta, a Índia tem a resposta.

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